Documento integrado no projeto “O espírito da colmeia”, um projeto artístico de Manuela Barile que partiu de uma investigação etnográfica sobre a apicultura na aldeia de Várzea de Calde. Sendo o mel usado como alimento desde os alvores da civilização, foi interessante perceber como uma comunidade situada num contexto ambiental de grande diversidade ao nível da flora autóctone se especializou ao longo dos tempos na produção de produtos derivados da criação racional de abelhas (várias subespécies de Apis mellifera) como o pólen apícola, o própolis, a cera e o próprio mel.
Todo o processo de extração de mel deve ser realizado num local escuro e seco, uma vez que a qualidade do mel pode ser influenciada pela forma como é extraído, tratado e armazenado.
A extração do mel deve ser feita por norma, através de escorrimento ou centrifugação. No caso de Isabel do Soito a extração realizada foi através de centrifugação, com instrumentos próprios e maioritariamente em inox de forma a evitar possíveis contaminações. A velocidade atingida pela centrifugadora permite extrair o mel sem danificar os favos. Após a sua extração, o mel é filtrado de forma a retirar as impurezas que possam existir, como por exemplo cera ou restos de abelhas.
Gravação efetuada por Manuela Barile em 29 de julho de 2018.