A teia é preparada na urdideira e montada no tear, um desafio que exige um conhecimento elevado e, geralmente, duas ou três pessoas.
Com as canelas cheias e prontas a servir, o fio passa para a lançadeira e Maria de Jesus Gonçalves Chaves começa o processo de tecer, que permite criar verdadeiras obras de arte.
Num ritmo sincronizado, o tear mexe-se perante o comando da tecedeira, com os liços, amarrados aos fios da urdidura, a serem movimentados por pedais (apienhas) que os fazem descer ou subir em função da seleção de fios que se quer tecer, e resultando em camadas que vão formar a trama.
A par da sua função operacional aperfeiçoada ao longo da história, os teares, equipamentos de grande complexidade e beleza, continuam a apresentar-se como exemplares vivos do nosso património cultural e etnográfico.