Como antigamente eram feitas de cana ou de pau de sabugueiro, as caneleiras receberam este nome, que foi transportado para o instrumento que serve para as encher: o caneleiro.
Ditou a evolução que hoje até já se usem antigos rolos de linha para essa função, como mostra Maria de Jesus Gonçalves Chaves, enquanto vai usando um grande novelo para os encher com ‘firmas’, tiras de tecido obtidas a partir de farrapos velhos. Numa época em que nada se desperdiçava, “as peças eram primeiro remendadas. Só em último aproveitamento eram usadas para fazer as firmas”, conta.
Outra grande mudança prende-se com as cores. Se antes era o tom cru ou o preto a marcarem as peças que saíam do tear, hoje a variedade de tonalidades do fio que preenche as caneleiras, que irão navegar pelo tear através do navete, é muito maior.