Documento integrado no projeto “O espírito da colmeia”, um projeto artístico de Manuela Barile que partiu de uma investigação etnográfica sobre a apicultura na aldeia de Várzea de Calde. Sendo o mel usado como alimento desde os alvores da civilização, foi interessante perceber como uma comunidade situada num contexto ambiental de grande diversidade ao nível da flora autóctone se especializou ao longo dos tempos na produção de produtos derivados da criação racional de abelhas (várias subespécies de Apis mellifera) como o pólen apícola, o própolis, a cera e o próprio mel.
A produção de mel ocorre sobretudo entre os meses de Primavera e Verão. Todo este processo é realizado apenas quando o apicultor acha que estão reunidas todas as condições de maturação e a qualidade necessária. Por norma, tem de haver pelo menos dois ou três favos operculados para que haja a garantia relativamente à qualidade de mel.
A 01 de Agosto de 2018, com a ajuda de alguns apicultores da aldeia de Várzea de Calde, foram colocadas retiradas as alças nas das colmeias de Joaquim Gaspar. Para a remoção das alças, foi necessário retirar primeiramente as abelhas que estavam em cada um dos quadros. Tendo em consideração este fim, os apicultores optaram por sacudir individualmente cada um dos quadros com o auxílio de uma escova e em alguns casos, usando o fumigador.
Gravação efetuada por Manuela Barile em 1 de agosto de 2018.