“Pastorinhos” resultou de uma residência artística em Nodar no ano de 2009 e durante este período de pesquisa, o artista foi descobrindo a aldeia e os seus habitantes, e a forma com que eles interagem entre si e o ambiente. Foi um processo baseado numa resposta intuitiva aos acontecimentos, pensamentos e sentimentos integrados no dia a dia. Em “Pastorinhos”, um misto de documentário e de ficção onírica, em que Sérgio Cruz trabalhou com jovens da aldeia, o artista tentou apurar a sua linguagem visual, desenvolvendo um trabalho de imagem com luz natural, aproveitando os reflexos da água do Rio Paiva e utilizando espelhos por forma a manipular essa mesma luz natural.
Sérgio Cruz é um artista/realizador, designer de som e editor independente. Nasceu em Vila Nova de Famalicão e licenciou-se em Som e Imagem na Escola de Artes da Universidade Católica do Porto. Em 2005 mudou-se para Londres onde tirou os Mestrados em Artes de Vídeo Dança na London Contemporary Dance School e em Artes Plásticas na Central Saint Martins. Desde 2004 que tem vindo a trabalhar como criador vídeo e designer de som para peças de dança, instalações e filmes, tendo realizado até à data sete obras próprias. Tem também trabalhado como coreógrafo e intérprete de dança e VJ. Ganhou diversos prémios entre os quais o de Jovens Criadores do Clube de Artes e Ideias – área de vídeo, o prémio FNAC Novo Talento no festival IndieLisboa, o de melhor curta metragem no festival Tom de Vídeo 06 e o The Red Mansion Art Prize.