Abel Matos e Artur Matos leem as videiras, enquanto o corte cadenciado das tesouras da poda vai eliminando as hastes antigas, dando lugar a rebentos mais produtivos.

É dia de inverno. Março está a chegar e é tempo de olhar para o campo e para uma nova época de sementeira. Este é período em que a planta se encontra em repouso vegetativo, mas o sol faz questão de brilhar, afastando o frio. A chuva, dizem, também não faz falta e só viria “estorvar” numa altura em que há “tanto que fazer”.

“Essa puxa-a para cima. Ainda está nova”, ouve-se, enquanto a piteira é desfiada para fazer a amarração da jovem vara ao arame que interliga os peirões.

Homens conhecedores da arte, vão retirando a madeira do ano anterior e os ramos pouco férteis, o que vai permitir às videiras crescerem de forma saudável.

A “ampara” das varas que ficam permite o seu posicionamento adequado, evitando o sombreamento entre elas e assegurando a exposição ao sol, que vai ajudar na maturação dos frutos.