Isaura Rebelo, de 67 anos, residente em Crescido – Fataunços – Vouzela, sempre gostou de trabalhar com agulhas. Mesmo em tenra idade, já pegava em dois pauzinhos e começava a simular a arte de tricotar.
Os bordados entraram cedo na sua vida. “Na escola primária já bordava. E aprendi malha em Lisboa, com uma tia, quando tinha 13 anos. Ensinou-me a fazer uma camisola, que trouxe para o meu irmão mais novo, que tinha um ano”, recorda.
Como gosta de desafios complicados, não há ponto – quer seja “grilhão, grilhoa ou bainhas abertas” – que a preocupe, pois vai para os livros e só descansa quando consegue atingir o objetivo a que se propõe. O pano que escolheu é uma das obras que realizou.
Embora atualmente as “pessoas já não valorizem tanto”, para Isaura Rebelo “bordar é uma terapia”. É uma arte que nasce com a pessoa”, conclui.