Maria da Luz Lemos seguiu os sonhos do marido e voltaram às origens, depois de terem regressado de Angola, em 1975, e de terem passado dois anos em Espanha. Encontraram em Longroiva uma terra “pobre” mas isso não os demoveu de investirem num estabelecimento comercial, com café e mercearia, junto ao antigo balneário.
A empresária recorda que assumiu ainda, por alguns anos, a exploração das termas. “Dava 300 banhos por dia, a 150 escudos cada, custando 50 escudos para as pessoas da aldeia”, conta, explicando que apurava o número mediante as senhas que iam saindo de um livrinho próprio para o efeito. A responsável acrescenta, ainda, que no edifício havia sete banheiras, alguns chuveiros e quartos para alojamento, com capacidade para cerca de 40 pessoas.
Pouco depois da sua chegada, Maria da Luz Lemos apaixonou-se por uma habitação, tendo prometido ao engenheiro Luís Ferreira Gomes que, se o projeto para revitalizar as termas avançasse, a adaptaria a um turismo rural. E assim, anos mais tarde, após as obras de remodelação no interior, surgiu a unidade “Novos Tempos”.