Mosteirô é uma curiosa aldeia da freguesia de Pepim, localizada numa zona serrana de passagem para as terras de Reriz e de Pesos de Sul (concelho de São Pedro do Sul), sendo que também dista poucos quilómetros das terras de Alva, de cujo antigo concelho fez parte até ao século XIX.

Mosteirô é também conhecida na região pela peregrinação anual, no primeiro domingo de agosto, à Ermida da Senhora dos Navegantes, mandada construir por emigrantes no Brasil nascidos em Mosteirô. Junto à Capela da Senhora dos Navegantes, ergue-se a sede da Associação Flores d’Aldeia de Mosteirô, um moderno edifício multifuncional inaugurado no ano de 2017.

O Rancho Folclórico Flores d’Aldeia de Mosteirô está integrado na associação com o mesmo nome, a qual foi fundada no ano de 1987. Em paralelo com a dinamização do folclore castrense, a associação tem levado ao palco várias encenações teatrais, como “O auto da Alma” de Gil Vicente e o “Testamento do tio Vicente”, as quais foram possíveis graças à coordenação e dinamização da sua Presidente da Direção, Prof.a Celeste Almeida. O rancho organiza, anualmente, o seu festival de folclore e é convidado a participar em múltiplos encontros realizados na região, por todo o país e no estrangeiro.

De entre as muitas modas do Rancho Folclórico Flores d’Aldeia, destacam-se “Dobadoira”, “Cortei a folha ao cravo”, “Ai que riso, que graça me dá”, “Ciranda”, “Vira” e “Malhão”.

AI QUE RISO, QUE GRAÇA ME DÁ

Os serões eram um costume muito enraizado nas famílias. Esta era mais uma moda que não podia faltar.

Nesta terra não há rosas, já secaram as roseiras
As rosas da minha terra são as raparigas solteiras

Coro
Ai que riso ai que graça me dá
Eu gosto de ti meu amor vem cá

Nesta terra não há cravos, já secaram os craveiros
Os cravos da minha terra são os rapazes solteiros

Coro
Ai que riso ai que graça me dá
Eu gosto de ti meu amor vem cá

Daqui para a minha terra todo o caminho é chão
Tudo são cravos e rosas plantados por minha mão

Coro
Ai que riso ai que graça me dá
Eu gosto de ti meu amor vem cá