Termas do Carvalhal é uma localidade que nasceu nos inícios do século XX, após a descoberta e início da exploração de águas termais com propriedades terapêuticas reconhecidas, nomeadamente, para a cura de doenças da pele. Existe, inclusive, uma lenda local que conta que um burro com a pele cheia de feridas se banhou nas águas termais e terá ficado curado para espanto do seu dono.
O topónimo Termas do Carvalhal deriva da vizinha aldeia do Carvalhal, sendo ambas pertencentes à extinta freguesia de Mamouros, localidade que, por sua vez, pertenceu ao antigo concelho de Alva, que existiu até meados do século XIX. A localidade tem uma relativa proximidade geográfica com outras povoações do concelho de Castro Daire (por exemplo Mões, Moledo, Ribolhos e Alva), do concelho de São Pedro do Sul (Pindelo dos Milagres e Fermontelos) e do concelho de Viseu (Calde).
O Rancho Folclórico das Termas do Carvalhal foi fundado em 1994, estando integrado na Associação Cultural, Recreativa e Social das Termas do Carvalhal, a qual foi fundada em 1986. O rancho tem instalações junto ao parque de merendas das Termas do Carvalhal, onde se realiza, anualmente, o seu festival de folclore, com a participação de ranchos folclóricos oriundos da região, de outras zonas de Portugal e até do estrangeiro. Uma parte das suas instalações foi cedida para o funcionamento de uma instituição particular de solidariedade social e a outra parte para o jardim de infância gerido pelo Município de Castro Daire.
O Rancho Folclórico das Termas do Carvalhal é sócio aderente da Federação do Folclore Português, o que significa que, embora ainda não seja federado, tem evoluído no sentido de consolidar o seu reportório e os seus trajes como representativos dos que existiriam na zona, entre o final do século XIX e o primeiro quartel do século XX. Das modas mais representativas do rancho fazem parte “Fado beirão”, “Lenha da macieira”, “Moda nova”, “Uma dama bem formosa” e “O pavão”.
CHORA VIDEIRA
Moda recolhida na freguesia de Cabril. Trata-se de uma dança de romaria, dançada nos terreiros das aldeias em dias de festa.
1
Ela – Ó videira dá-me um cacho
Ó silva dá-me uma amora (Bis)
Ele – Amor dá-me o teu retrato
Pra te ver a toda a hora (Bis)
Refrão:
Chora a videira, ó videirinha
Chora a videira, ó prima minha (Bis)
2
Ela – Dá-me da tua ramada
Um cachinho moscatel (Bis)
Ele – Eu te darei um da minha
Quando maduro estiver (Bis)
Refrão
3
Ela – Debaixo desta ramada
Nem chove nem faz orvalho (Bis)
Ele – Menina que há-de ser minha
Não me dê tanto trabalho (Bis)
Refrão