A pequena povoação do Ribeiro é banhada, tal como o nome indica, por um pequeno ribeiro afluente da Ribeira de Ribamá, a qual por sua vez é afluente do rio Vouga. Este ribeiro tem características torrenciais, pois a serra do Caramulo fica bem perto, e gera na primavera uma série de charcos ao longo do seu curso, habitat ideal para o acasalamento das rãs-verdes.
Numa noite húmida de fim de abril, o coachar dos machos ouve-se em cada recanto da povoação, o qual é imediatamente interrompido quando existe algum movimento ou som inesperado.
A Rã-verde ou Rã-comum, Rana perezi, é o anfíbio mais abundante e fácil de observar em Portugal. Geralmente não ultrapassa os 7 cm de comprimento. Possui olhos proeminentes, próximos entre si, com pupila horizontal. Os tímpanos, situados atrás dos olhos, são bem visíveis, o que a distingue da Rã-ibérica (R. ibérica). Os membros posteriores são compridos e com membrana interdigital bem desenvolvida.
Em Portugal a época de reprodução ocorre, em geral, entre Março e Julho. Os machos atraem as fêmeas através do coachar (que se ouve a grandes distâncias) e abraçam-nas pelas costas (amplexo axilar). A fêmea deposita entre 800 e 10000 ovos em cachos soltos ou prende-os à vegetação. As larvas eclodem poucos dias após a postura e o seu desenvolvimento é lento. A maior parte das metamorfoses dão-se em Julho ou Agosto
Fonte dos dois últimos parágrafos: http://naturlink.pt
Gravação efetuada e editada por Luís Costa com gravador digital Zoom H4n e um par de microfones binaurais Soundman.