As técnicas tradicionais e recursos locais de construção em contraste com a evolução dos materiais, numa lógica de praticidade e como influência do fluxo migratório; o registo do ambiente social que lhes serve de contexto; e o ambiente sonoro que envolve todos estes componentes estiveram na base da residência artística desenvolvida por Rui Silveira, em Nodar, no concelho de São Pedro do Sul, no ano de 2009.
O artista realça a oportunidade de colocar à prova o seu gosto pelo experimental, com o som aplicado às construções, encarando este setor como um saber que passa de geração em geração; e de combinar a arte sonora e vídeo com elementos documentais.
Aproveitando as dinâmicas proporcionadas pelo mundo rural, como a paz, o sossego e o esvaziar da mente, garante que os resultados compensam, combinando dinâmica e equilíbrio, o documental e o experimental.
Rui Silveira nasceu em Campo Maior em 1983 e vive em Lisboa. É licenciado em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e embora a sua formação tenha sido em grade parte orientada para o design gráfico, sempre tentou dirigir os seus trabalhos para os meios audiovisuais.
As relações entre som e imagem (vídeo ou fotografia) captaram desde o início a sua atenção e interesse. Participou com trabalhos no Festival Collision em Londres e nos Rencontres Internationales em Paris.