Marcos Medalon respira música. E tanto toca em Pendilhe, sua terra Natal, como além-fonteiras. A vida já o levou até Inglaterra, Suíça, Alemanha e Itália, entre outros destinos, mas também já atuou em diversas cidades lusas, contando no seu reportório com espetáculos com a Sinfonietta de Braga, que executou uma obra composta por si.
Gosta de música “desde sempre”. Estudou órgão e guitarra e fez o conservatório até ao 5º ano. O estilo clássico e erudito está entre as suas preferências, mas a música tradicional, que está mais próxima das populações, também merece um lugar de destaque. Pelo meio, alguns lampejos de rock.
Não tem dúvidas de que “se a felicidade tiver vários patamares, a música é um desses componentes” e está presente em tudo o que nos rodeia. A esta paixão juntam-se outras, como a investigação, a fotografia e o vídeo.
Marcos Medalon procura ter horizontes alargados e fugir da rotina, sem esquecer de aproveitar o dia-a-dia. Por outro lado, defende que é possível “ter menos recursos e viver melhor”, até porque são os bens materiais que “estão ao nosso serviço e não o inverso”.
Com ascendência portuguesa e francesa, existe na família um histórico de diáspora, com destaque para o Brasil, como era comum no século passado. Seguindo as pisadas dos seus antepassados, em cada local por onde tem passado procura adapta-se e integrar-se na comunidade local. Não gosta de ser um estrangeiro fora de portas, frisa.
A este propósito, realça que estar fora ajudou-o a valorizar o seu país e as suas origens, nomeadamente o sentimento de identidade, pertença e singularidade que marca as zonas rurais.