Para o Presidente da Câmara de Vouzela, Carlos Oliveira, “os baldios têm tido importância para a comunidade”, estando a sua gestão associada ao início da rede de eletricidade em algumas aldeias ou ao aumento do parque habitacional, nos casos em que os proprietários não tinham lugar para construir.

Centrando-se no caso da Assembleia de Compartes de Rebordinho e Malhadouro, atribui-lhe um “dinamismo muito grande”. “É uma das Comissões que trabalha para a sua comunidade” e dá como exemplo os esforços para a construção da sede, o protocolo com a Câmara Municipal para manter a Escola Primária, onde são dinamizadas algumas atividades, a abertura e beneficiação de caminhos, e o trabalho de prevenção florestal.

Por outro lado, destaca “uma gestão equilibrada e sustentável”.

“É uma comunidade que está bem enraizada, que está bem organizada e que vai fazendo o que a lei dos baldios diz que pode ser feito, ou seja, é o reinvestimento do produto que retiram das suas propriedades na regeneração das mesmas e em benefício da comunidade, de modo a que a médio e longo prazo continuem a ter receita”, sustenta o autarca.

Outro aspeto focado por Carlos Oliveira prende-se com a importância das parcerias.

“Desde que os baldios sejam bem geridos e haja um entrosamento e uma articulação entre as diversas entidades, e estamos a falar da Comunidade de Baldios, a Junta de freguesia e a Câmara Municipal, pode haver melhor cooperação, melhores rendimentos e melhores serviços e obras em favor do bem-estar e da qualidade de vida da população”, realça.

Entrevista realizada no âmbito do projeto “A Valorização dos Baldios de Rebordinho e Malhadouro”.

Uma coprodução entre a Binaural Nodar e a Comunidade Local dos Baldios de Rebordinho e Malhadouro, com o apoio do Município de Vouzela e da Junta de Freguesia de Campia.