Esta peça é uma “colagem” audiovisual, criada a partir de um repertório de sons e imagens relacionadas com as comidas e rasgos de memória que se sucedem e transcendem nas famílias apesar dos inevitáveis exílios, idas e retornos. Depois de um trabalho de campo intensivo com entrevistas, conversas e momentos de culinária, foi interessante para a artista descobrir nas receitas madeirenses, africanas, árabes, españolas, italianas e portuguesas, a generosidade com que estes imigrantes que habitam Vouzela lhe entregaram uma parte deles, sendo que em todos estes casos o MILHO apresentou-se como algo primitivo, permanente e salvador.
Silvia Angles (Argentina/Espanha) é pianista e artista audiovisual, nascida em 1962 na cidade de Río Tercero, Córdoba, Argentina. Formada em Teoria e Crítica Musical pela UniversidadNacional del Litoral-UNL. Dedica-se ao estudo e difusão da música contemporânea, sendo que fundou e geriu durante 12 anos o “Ciclo de Músico Contemporánea y Actuales en el Conservatório Castro de Río Tercero”. Colabora ativamente com o Ciclo de Música Contemporánea no Conservatorio Garzónda cidade de Córdoba.
A nível experimental, Angles já participou nas oficinas de musicais eletro-acústicas,organizadas pelaUniversidad Provincial de Córdoba-UPC,juntamente com oCentro CulturalEspaña Córdoba-CCEC,bem como o ciclo de música experimental e contemporânea “Experimentalia” no CCEC juntamente com o grupo vocal “Las O”. Integrou o conjunto “NoN” de improvisação livre e arte sonora (composto por 7 artistas polissêmicos de Córdoba) participando no Encuentro No Durmai 2019 y 2020 de Río Tercero e noCiclo de Siempre em Córdoba, dezembro de 2019.