Jorge Rocha nasceu no Rio de Janeiro, no seio de uma comunidade de lusodescendentes, tendo os seus pais raízes em Alva – Castro Daire. A família vivia em frente à Igreja de Nossa Senhora de Fátima, onde fez a Primeira-Comunhão.
Esta era uma zona, recorda, onde facilmente encontravam muitos portugueses, oriundos de Vila Nova de Paiva, Viseu, Castro Daire, São Pedro do Sul e não só, e onde as tradições lusas estavam muito vincadas.
A sede de liberdade, de que não gozava na época, fazia-o ansiar por vir até Portugal. E assim aconteceu, em 1961. Embarcou no navio Vera Cruz a 1 de junho e atracou no dia 15 desse mesmo mês, sendo várias as peripécias que guarda da viagem.
Veio, então, frequentar 4ª classe, a que se seguiu o liceu em Viseu e depois o ensino superior em Coimbra.
Por diversas alturas – em 1995, 2000 e 2005 – voltou ao país que o viu nascer e onde foi surpreendido pelas inúmeras marcas do povo luso. Curiosamente, realça, uma rua em Salvador da Baía tinha o nome de Souto de Alva.