Um ensaio “etno-poético” de vinculação entre a experiência de convivência com dois lugares com pessoas dentro, concretamente, dois montes situados a cerca de trezentos quilómetros de distância: O Pico Sacro, no concelho de Boqueixón (perto de Santiago de Compostela, na província galega de A Coruña) e o Monte de São Macário, no concelho de São Pedro do Sul (na região portuguesa de Viseu Dão Lafões). Curiosamente, ambos os montes estabelecem relações com santos oriundos de terras longínquas, Alexandria e Jerusalém, assim como se associam simbolicamente a aspetos da saúde do cérebro humano.
O ensaio é apresentado na forma de um arquivo de processo criativo, catalogado e expandido, tentando responder artisticamente a uma intuição pessoal: A de que haverá um “invisível” processo mobilizador da irmandade entre certos lugares, resultado de uma combinação “invisível” entre geomorfologia, tipologia de paisagem e aspetos socioculturais.
O artista agradece a colaboração no projeto de Lana Pías Peleteiro e Juan Pías Peleteiro, em Santiago de Compostela, assim como de José Almeida (pai) e José Almeida (filho), em São Pedro do Sul.