Dan Scott propôs a criação de uma réplica sonora da aldeia de Covas do Rio. O trabalho acabou por ser uma versão “cover” de um conjunto de gravações sonoras de campo efectuadas pelo artista na aldeia. A peça a ser apresentada foi construída usando apenas as vozes da população local. A peça aborda questões da autenticidade do som, bem como explora a magia, mimética e simpática, inerente a uma versão ‘cover’. A voz humana é central para a peça, ao serem re-vocalizados os sons de uma aldeia, incorporando-os no espaço e humanizando-os.
Dan Scott é um artista sonoro baseado em Londres. Com um mestrado em Arte Sonora no London College of Communication, a sua formação original em Antropologia inspirou grande parte da sua prática. O seu trabalho é muitas vezes site-specific, com base em narrativas locais, como forma de explorar formas imaginativas de escuta. Nos últimos cinco anos tem trabalhado e exibido por toda a Europa, incluindo a Tate Modern de Londres, Resonance FM, centro de residências artísticas Herhusid na Islândia, um edifício de apartamentos abandonado na Alemanha e uma pedreira de mármore em Portugal.