A sete quilómetros da sede de concelho, Penamacor, as Termas de Águas recebem-nos num ambiente calmo, enquadrado pela beleza natural da serra da Malcata e por vários cursos de água.
As memórias deste tesouro levam-nos até à época do Marquês de Pombal, com o cura que oficiava a Paróquia de Águas, em 1758, a referenciá-las, por duas vezes, nos inquéritos gerais, cujas respostas viriam mais tarde a ser publicadas no “Dicionário Geográfico do Reino de Portugal”, mais conhecido por Memórias Paroquiais. O documento fala de uma fonte chamada Fonte Santa, cujas águas, por passarem por minerais de enxofre – como se vê pela cor, cheiro e efeitos delas – são salutíferas aos que nelas se banham. Pode ler-se ainda que junto a este lugar nasce de uma rocha um olho de água com sabor a enxofre, que as pessoas usam nas suas enfermidades.
Durante largos séculos, o seu aproveitamento ao serviço da saúde foi feito de modo empírico, baseado nos resultados e benefícios, mas nos últimos anos, as termas conheceram uma nova etapa, com a sua água a ser classificada como “fracamente mineralizada, com reacção alcalina, sulfúrea, bicarbonatada sódica, levemente fluoretada e com significativa quantidade de sílica”. As suas potencialidades trouxeram-lhe um lugar de destaque a nível nacional, sendo indicada para o tratamento de doenças de foro reumatológico (gonoartrose e dorsolombalgia) e respiratório (rinosinusite).