Ao longo de séculos, gerações de crianças das aldeias do concelho de Castro Daire interpretaram a vida, o sonho e o crescer em comum com a ajuda da memória e da matéria. Brincar significava não tanto passar o tempo, quanto entrar em rituais de passagem em que os brinquedos construídos, as lengalengas e as lendas constituíam mecanismos de ligação ao território, de conexão com as gerações anteriores e de aprendizagem da habilidade, da autonomia e do sentido de materialidade.