A cadência do ritmo do tear a funcionar é inspiração e ponto de partida para esta paisagem sonora, recolhida em Várzea de Calde – Viseu e protagonizada por Isabel Maria Lourenço do Souto.
Esta é uma tradição cultural em várias regiões do nosso país, e que nesta aldeia tem ganhado grande pujança nos últimos anos, graças à combinação entre o saber fazer de antigamente e o surgimento de uma nova geração que assegura a continuidade desta arte.
Aqui podemos encontrar artesãos que ainda tecem em teares manuais e bordam de forma tradicional, conservando o saber que passou ao longo de gerações.
O fio transportado pela lançadeira na horizontal cruza com os fios verticais (as teias ou urdidura) num movimento harmonioso de “levanta e baixa”. A trama que se obtém permite fazer tapetes e mantas ou ser moldada e costurada para se tornar em peças de roupa.