Oh que ranchinho de moças
Aqui chegaram agora
Senhora Santa Combinha
Aqui chegaram agora
Aqui chegaram
Agora
E aqui chegaram agora.
São todas de Vermilhas
Sem nenhuma ser de fora
Senhora Santa Combinha
Sem nenhuma ser de fora
Sem nenhuma ser
de fora
Sem nenhuma ser de fora.
Pela voz de Helena Tojal podemos escutar Santa Combinha, a moda cantada quando a população ia, a pé, em direção à povoação vizinha de Santa Comba – Cambra, onde se realizava a romaria em honra da protetora das ovelhas.
O domingo era o único dia livre de quem estava habituado a trabalhar de sol a sol. Cumpridas as obrigações religiosas, os mais jovens acompanhavam o gado até aos pastos e ao final do dia havia bailarico, com as danças de roda e o corridinho a serem acompanhados pela melodia da gaita de beiços.
“Cantávamos muito”, recorda Helena Tojal, explicando que, nos campos, alguém dava as primeiras notas e os restantes, uns de um lado, outros de outro, acompanhavam os versos, que iam mudando de acordo com os trabalhos no campo ou as épocas festivas do calendário, como o São João ou a Quaresma.