O proposto foi gerar interações com as pessoas da zona de Manhouce, seu espaço geográfico e social, sua identidade e memória a fim de realizar um poema sonoro, usando pastilhas de áudio vermelhas, como as que se encontram nos brinquedos falantes. Equacionando a força da cultura oral e o facto do mundo rural ainda manter uma relação particular com a paisagem e seus usos, as artistas pensam tecer uma malha poética de realidades materiais e imateriais superpostas. O processo consistiuem caminhar enquanto se gravava nas pastilhas de áudio figuras sonoras encontradas em paisagens e cenas do quotidiano e, posteriormente, convidar as pessoas a escutá-las e a criar uma tradução livre do som para a voz, uma onomatopéia ou figura de linguagem, usando a própria voz, a ser gravada em outra pastilha.
Clare Charnley é uma artista americana com habilitações acadêmicas em:
-BA in Fine Arts-Leeds Polytechnic;
-MA in Fine Arts-Chelsea College of Arts;
Hoje, Charnley pertence ao departamento de investigação 0.5 da University of Lincoln, além de atuar como professor de Belas Artes na Leeds Beckett University
Patrícia Azevedo nasceu em 1964 em Recife, Pernambuco. Vive e trabalha em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Desenvolve projetos audiovisuais colaborativos que equacionam fotografia, relações de linguagem, território e poder, no espaço público da cidade ou da própria mídia, usando pôsteres, encartes, livros, cartazes tipo lambe-lambe; cartões postais; santinhos, jornal, internet, etc. Também atua como professora efetiva no Curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais. Formação Académica:
-Graduação em Filosofia-Universidade de Paris VIII, Paris-França, 1987
-Mestrado em Filosofia-Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil, 2005.