Francisco Lopes e Sílvia Dutra, ambos de 61 anos, naturais do Brasil e residentes em Vouzela, conheceram-se na escola básica. Frequentaram o Grupo Escolar Luís Castanho de Almeida, em Bauru, no Estado de São Paulo, tendo ficado duas fotografias como recordação.
Embora a vida os tenha levado para lugares diferentes, quis o destino que viessem a reencontrar-se, a tornar-se amigos, a namorar e a casar, estando juntos até hoje.
“Essa foto lembra o nosso começo, há mais de 50 anos”, salienta Francisco Lopes, que tem raízes portuguesas, uma vez que os seus pais são da região do Porto. Olhando para trás, não esquece as batalhas e as dificuldades que enfrentaram. “As coisas eram difíceis, mas juntos evoluímos muito. Através dos estudos, superámos vários barreiras e frequentámos a universidade, o que não é comum no Brasil, sobretudo para quem vem de classes menos abastadas”, acrescenta.
É também com emoção que Sílvia Dutra encara a fotografia tirada no ensino básico e que é testemunha da “passagem do tempo”. “É emocionante ver as lembranças de quando era criança. Éramos tão inocentes, não imaginávamos o que ia passar na nossa vida. É um misto de nostalgia e, ao mesmo tempo, uma sensação de que foi bom”, nota, sublinhando que “a vida é uma jornada. Nem sempre fácil, mas muito interessante e cheia de experiências que nos enriquecem”.