Filho único, Carlos Paredes estudou, esteve no Ultramar, trabalhou duas décadas numa companhia de seguros e regressou a Monfortinho quando o pai falou em vender a propriedade que acolhe o Hotel das Termas.
Até então funcionava como pensão, pelo que, em 1997, o empresário decide fazer uma remodelação significativa no espaço. “Hoje os clientes são mais exigentes”, como que justifica.
Noutros tempos, os dos seus pais, “fazia-se praia em agosto e termas em setembro” e os aquistas “vinham com as famílias”. “Agora só cá estão 15 dias quando têm, de facto, problemas de saúde e acreditam nos resultados”, aponta, notando que “as condições económicas eram diferentes”.
Com muita dose de improviso, havia convívio, arranjava-se animação termal junto ao rio ou faziam-se bailes, à noite, nas pensões. De lés a lés, chegava o cinema dos saltimbancos, sem esquecer as burricadas, ou seja, passeios de burro que tanto faziam as delícias dos participantes.